Salmo de ‘Salmos sapienciais
ou didáticos, que são meditações sobre a natureza da vida humana e das
ações divinas’. Hoje compartilho o salmo
de número quarenta e nove.
“Povos, escutem bem isto! Ouçam, todos os moradores do mundo, tanto os poderosos como os humildes, tanto os ricos como os pobres! Os meus pensamentos serão claros; falarei palavras de sabedoria. Vou dar atenção aos provérbios e, enquanto toco a minha lira, vou explicá-los. Eu não sinto medo nas horas de perigo, quando os meus inimigos me cercam. Esses perversos confiam nas suas riquezas e se orgulham das suas grandes fortunas. Mas ninguém pode salvar a si mesmo, nem pagar a Deus o preço da sua vida, pois não há dinheiro que pague a vida de alguém. Por mais dinheiro que uma pessoa tenha, isso não garante que ela nunca vá morrer, que ela vá viver para sempre. Todo mundo vê que até os sábios morrem, e morrem também os tolos e os ignorantes. E todos deixam as suas riquezas para os outros. As suas sepulturas são os seus lares perpétuos, onde eles ficam para sempre, ainda que tenham possuído muitas terras. O ser humano, por mais importante que seja, não pode escapar da morte; como os animais morrem, ele também morre. Reparem no que acontece com os que confiam em si mesmos; vejam o fim daqueles que estão satisfeitos com as suas riquezas. O pastor deles – a morte – os leva, e eles são condenados a morrer como se fossem ovelhas. De manhã, as pessoas corretas os vencerão; os corpos deles apodrecerão na sepultura, longe dos seus lares. Porém Deus me livrará do poder da morte, pois ele me receberá. Não se preocupem quando alguém fica rico, e a sua riqueza aumenta cada vez mais. Pois, quando morrer, ele não poderá levar nada; a sua riqueza não irá com ele para a sepultura. Ainda que esteja contente com a sua vida e seja elogiado por ter sucesso, ele, quando morrer, vai reunir-se com os seus antepassados no lugar onde a escuridão dura para sempre. O ser humano, por mais importante que seja, não pode escapar da morte; como os animais morrem, ele também morre”.