Salmo de Lamentos
ou Súplicas. ‘quando
todo o povo implora ajuda em momentos de calamidade nacional, tais como uma
seca, uma epidemia ou uma grave derrota militar’. Hoje compartilho o salmo de número setenta e
quatro. Léo Lima.
“Ó Deus,
por que nos abandonaste para sempre? Por que estás irado com as ovelhas do teu
rebanho? Lembra do teu povo, que há tanto tempo escolheste para ser
teu e que livraste da escravidão para ser a tua própria gente. Lembra do monte
Sião, onde moraste. Vem e anda sobre estas ruínas sem fim; os nossos inimigos
destruíram tudo o que estava no Templo. No teu Templo os teus inimigos gritaram
de alegria e ali puseram as suas bandeiras como sinal de vitória. Eles pareciam
lenhadores cortando árvores com os seus machados. Com os seus machados e
marretas, destruíram todos os enfeites de madeira. Arrasaram e incendiaram o
teu Templo; profanaram o lugar onde és adorado. Eles resolveram nos esmagar
completamente; queimaram todos os lugares santos da terra de Israel. Já não
temos os milagres que esperávamos, não há mais profetas, e ninguém sabe quanto
tempo isso vai durar. Ó Deus, até quando os nossos inimigos vão zombar de nós?
Será que eles vão te insultar para sempre? Por que não quiseste nos ajudar? Por
que ficas de braços cruzados? Mas tu, ó Deus, tens sido o nosso Rei desde o
princípio e nos salvaste muitas vezes. Com o teu grande poder, dividiste o Mar
e esmagaste as cabeças dos monstros marinhos. Esmagaste as cabeças do monstro
Leviatã e deste o
seu corpo para os animais do deserto comerem. Fizeste com que corressem fontes
e riachos e secaste grandes rios. Criaste o dia e a noite, puseste o sol, a lua
e as estrelas nos seus lugares. Marcaste os limites da terra e fizeste o verão
e o inverno. Ó Senhor Deus, lembra que os teus inimigos zombam de ti! Lembra
que eles não têm juízo e xingam o teu nome. Não entregues o teu povo explorado
aos seus inimigos cruéis. Não esqueças para sempre do teu povo perseguido.
Lembra da aliança que fizeste, pois há violência em cada canto escuro do país.
Não deixes que os perseguidos sejam humilhados, mas permite que os pobres e os
necessitados te louvem. Levanta-te, ó Deus, e defende a tua causa! Lembra que
gente sem juízo zomba de ti o dia todo. Não esqueças os gritos de raiva dos
teus inimigos nem do barulho constante dos teus adversários”.
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