domingo, 6 de outubro de 2019

DANDO GRAÇAS

Salmo de Lamentos ou súplicas. Hoje compartilho o salmo de número cento e nove. Léo Lima.
“Eu te louvo, ó Deus. Não fiques assim silencioso. Os maus e os mentirosos falam contra mim e me caluniam. Eles dizem coisas terríveis a meu respeito e me atacam sem motivo nenhum. Eles me acusam, embora eu os ame e tenha orado por eles. Eles pagam o bem com o mal e o amor, com o ódio. Ó Deus, escolhe um juiz corrupto para julgar o meu inimigo, e que o seu acusador seja um dos seus inimigos! Quando for julgado, que ele seja condenado! Que até a sua oração seja considerada como pecado! Que o meu inimigo morra logo, e que outra pessoa faça o trabalho que ele fazia! Que os seus filhos fiquem órfãos, e que a sua mulher fique viúva! Que os seus filhos fiquem sem lar e sejam mendigos! Que sejam expulsos das casas em ruínas, onde moram! Que tudo o que o meu inimigo tem seja tomado como pagamento das suas dívidas! E que estranhos fiquem com o que ele conseguiu com o seu esforço! Que ninguém seja bom para ele, e que não haja quem cuide dos seus filhos órfãos! Que todos os seus descendentes morram logo, e que o seu nome seja esquecido em pouco tempo! Que o Senhor Deus nunca esqueça dos pecados da sua mãe e sempre lembre da maldade dos seus antepassados! Que o Senhor lembre sempre dos pecados deles, porém que eles mesmos sejam completamente esquecidos! Pois esse homem nunca pensou em fazer o bem, mas perseguiu e matou o pobre, o necessitado e o desamparado. Ele gostava de amaldiçoar: que a maldição caia sobre ele! Ele não gostava de abençoar: que ninguém o abençoe! Para ele, era tão fácil amaldiçoar como se vestir. Que as suas maldições entrem nele como água e cheguem até os seus ossos como azeite! Que as maldições nunca o larguem! Que seja como a roupa que o cobre e como o cinto que ele usa! Ó Senhor Deus, paga assim aos meus inimigos e aos que falam mal de mim! Mas, quanto a mim, ó Senhor, meu Deus, ajuda-me como prometeste e livra-me, pois és bom e amoroso! Eu sou pobre e necessitado; estou ferido no fundo do coração. Vou me acabando como a sombra do anoitecer; sou levado pelo vento como se eu fosse um inseto. De tanto eu jejuar, os meus joelhos tremem, e o meu corpo é pele e osso. Quando os outros me vêem, caçoam de mim e, zombando, balançam a cabeça. Ajuda-me, ó Senhor, meu Deus! Salva-me por causa do amor que tens por mim. Que os meus inimigos fiquem sabendo que és tu que me salvas! Eles podem me amaldiçoar, mas tu me abençoarás. Que os meus perseguidores sejam derrotados, e que eu, que sou teu servo, fique alegre! Que sobre os meus inimigos caia a desgraça, e que a humilhação os cubra como roupa! Em voz alta, darei graças a Deus, o Senhor; eu o louvarei na reunião do povo porque ele defende o pobre para salvá-lo daqueles que o condenam à morte”.

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